sexta-feira, 29 de junho de 2012



é assim que me encho de coisas boas e más ao mesmo tempo. a música que me enche a alma é a mesma música que faz com que me imagine num mundo que não existe. a fazer coisas que nunca vou fazer. a viver vidas que não a minha.
chegar aos 30 com uma sensação de vazio.
chegar aos 30 sem se fazer o que gosta.
chegar aos 30 sem saber fazer mais do que aquilo que já se fez.
chegar aos 30 sem tempo (ler dinheiro) para se aprender a fazer mais coisas.
chegar aos 30 sem tempo (ler dinheiro).
chegar aos 30 sozinha.


desejos secretos, vontades secretas, tudo em segredo. porque parece mal dizer em alto. e são coisas tão simples. nem sei como seria se fossem coisas difíceis. enfim.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

não gosto muito de fazer viagens de noite, ou muito tarde, melhor dizendo. mas se assim tiver de ser uma vez por outra, para me dar descanso e descanso ao zé pedro (que anda cansado de tantos kms que faz por semana), não me importo.
este fim de semana foi disso exemplo. sair de lisboa já depois das 22 de sexta feira, chegar só depois da 1 da manhã e ir directamente para a cama, tal não era o estado de podridão que me tinha invadido o corpo.
e depois, um fim de semana em cheio. bom. piscina durante o dia, sardinhas, baile e marchas populares à noite, e ainda uma saída para arronches, onde se mataram saudades e se descobriram cusquices.
mais um dia de piscina, e mais uma viagem para lisboa depois de jantar.
há fins de semana que cansam mais do que uma semana inteira de trabalho, mas confesso que me soube a pouco.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

adoro fazer compras. mas mesmo. posso não ter dinheiro durante muito tempo, mas quando tenho, tenho sempre de ir gastar qualquer coisa (ou quase tudo, mesmo).
no entanto, tenho-me apercebido, ao longo dos anos, que sou uma alone shopper. adoro ir a centros comerciais/lojas com outras pessoas, ver as modas, as montras, os preços, os saldos, tudo. mas quando vou acompanhada sinto-me incomodada e quase nunca compro nada. chego a sentir-me pressionada. para ver, para experimentar, para comprar.
tive o exemplo disso esta semana. com dinheiro no bolso, tinha mil e um planos, mil e uma coisas que queria comprar. fui a lojas acompanhada, vi, mexi, e fui para casa de mãos vazias. hoje fui novamente a lojas, mas sozinha e mais por razões profissionais, e saí de lá cheia de coisas. logo eu, que não costumo usufruir muito dos saldos.
amanhã há mais.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

eu acho sinceramente que toda a gente tem o direito de andar no ginásio, para se sentir melhor e tal e coiso. sejam magras, boazonas, gordas ou gordinhas. o que acho mal é que, numa aula de grupo que implica movimentos de dança, quase levemos com uma moça em cima de cada vez que nos viramos para um dos lados (neste caso, era uma pequena elefanta que só não me deu uns estalos e uns pontapés devido à sua falta de jeito/possessão-em-ocupar-todo-o-espaço-à-sua-volta porque não calhou).

terça-feira, 19 de junho de 2012

hoje falava com uma das minhas gordas acerca de peso, gordura, banhas em sítios indesejados, e sobre como já não devemos conseguir regressar ao que consideramos ser o nosso peso ideal. vemos fotos nossas de antes e de agora e é toda uma diferença, e quase que dá para nos assustarmos. achas que é da idade?, pergunta ela. eu respondo que sim. afinal de contas, eu já cheguei aos 30, e ela já esteve mais longe de lá chegar.
ao mesmo tempo, percebo que até podemos ser umas sortudas. rugas? poucas, quase nenhumas, mesmo. cabelos brancos? acho que descobri o meu primeiro há duas semanas, e mais nada. ao ver alguns programas de televisão, onde aparecem concorrentes da nossa idade, ou pouco mais velhos, percebo que nunca na vida nos dão a idade que realmente temos. e isso é bom.
ora portanto, não podia ser tudo mau, não é?
se ainda existissem títulos monárquicos eu seria, com toda a certeza, a rainha trapalhona.
começando nas nódoas negras e arranhões que aparecem do nada, nas pernas e nos braços, passando pelas quedas de saltos altos ou de ténis, posso terminar com o bater vezes sem conta com o mesmo cotovelo há mais de uma semana.
outch.
sim, eu sei que o nome diz tudo, sic mulher, não há muito que enganar. mas além dos programas, é toda uma publicidade feita para o ser do sexo feminino. ele é iogurtes para passar de gorda a musculada, ele é plataformas vibratórias (não sei, sinceramente, quem aguenta fazer aquilo mais do que 30 segundos), ele é champos, maquilhagem, detergentes para a roupa. que lavagem cerebral, pelo amor da santa.
do lado do meu, se não for publicidade a malas e sapatos, tou safa, que nada do que passa ali me enche a vista.
socorro.

domingo, 17 de junho de 2012

estou na fila do pingo doce, com as minhas compras para pagar. À minha frente, um senhor (?) de óculos escuros olha para mim de lado porque decidi colocar as compras no tapete e tive a ousadia de nem dividir as minhas compras das dele com aquela coisa do próximo cliente.
o rapaz da caixa diz bom dia, como diz a todos os clientes, e o senhor (?) nem à merda o manda, e pede um saco, sem um se faz favor.
no fim, o rapaz da caixa diz o total, que não perfaz 5 euros, e o senhor (?) atira uma nota para cima da caixa. atira com desdém, mesmo quando o rapaz já está de mão esticada.
odeio senhores (?) mal educados.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

adooooorooooo os santos. gosto mesmo. bailaricos, sardinhas, cerveja e animação, são mesmo a minha onda.
depois de três dias a ir às festas (véspera de santo antónio incluída), cheguei à conclusão que gosto de bailaricos e manjericos e afins em todos os dias, excepto no dia 12 de junho. toda uma confusão, um não nos conseguirmos mexer, umas filas gigantes para wcs.
gabo as pessoas que em vésperas de feriado lisboeta se deram ao trabalho de correr os bairros todos, furando por entre toda a multidão, com pés levantados do chão, apalpões indesejados, desde alfama até à bica.
jesus!

sábado, 9 de junho de 2012

nunca nos meus poucos anos de carta de condução eu tinha tido a ousadia de passar a ponte 25 de abril na faixa da malha de ferro, que sim, deve ser super hiper mega resistente, e tal e coiso, mas eu sempre tive medo, e nem na faixa que tem apenas um bocadinho daquela coisa horrível eu tinha pisado (comigo a conduzir, entenda-se).
com outras pessoas é naquela, não gosto muito (ou nada), mas faz-se bem, uma pessoa abstrai-se, olha para o rio, para o horizonte, canta, enfim.
e sim, já tinha pensado muitas vezes, principalmente quando vou sozinha, em aventurar-me (e sozinha para que ninguém tivesse de ver as minhas figuras), para combater este meu medo, mas ainda nunca o tinha feito.
ontem, depois do jantar da koalinha em almada, e depois de uma pequena saída antes de falecer muito de sono, vejo-me no regresso a casa, com mais 3 pessoas - homens - dentro do carro, e a ponte apenas com a faixa da esquerda aberta. ia morrendo. a sério, só não morri porque não calhou. todo um stress, um coração apertado, um carro a deslizar de um lado para o outro, eu sem respirar metade do caminho, e as pessoas - homens - a rirem-se e a gozarem com as minhas figuras.
a tentativa de combater o medo foi feita, o medo continua cá, e eu jurei para nunca mais (a não ser que me obriguem novamente, caso em que vou voltar a ter tanto medo, que até vou ter vontade de chorar).