quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

só me saem duques e cenas tristes (parte dois)

eu tenho um problema. a sério que tenho. aliás, só posso ter, caso contrário, não encontro explicação possível para tanto nível de cromice à minha volta.

sou uma pessoa que vá... até sou simpática e tal. mas se calhar, isso não me faz muito bem à saúde. porque cada vez que o sou, 1) ou pensam que estou perdidamente apaixonada e isso é logo motivo para fugirem de mim a sete pés, ou 2) apaixonam-se perdidamente por mim e tornam-se nos seres mais aborrecidos de todo o sempre.

relativamente ao primeiro caso, só se aplica às pessoas que até poderiam vir a ser minhas amigas. e só se aplica ao sexo masculino.
ora vejamos:

conhecemos um rapaz. não é lindo, mas giro qb., é super engraçado e faz-nos rir, falamos com ele tempos e tempos, nunca pessoalmente, porque pessoalmente a coisa complica-se, coramos os dois até à raiz dos cabelos, ficamos sem jeito e só dizemos parvoíces. no entanto, uma pessoa gostava de conhecer melhor esse rapaz, mas nada do outro mundo, só porque acha que até se dão bem. e vai daí, diz-lhe "epa, gosto de ti". e pronto. é o acabou-se. o rapaz assusta-se, e foge a sete pés, como já disse.
pergunta "se tivesse dito em inglês I like you, teria surtido o mesmo efeito?". acho que não. mas enfim. é a língua portuguesa a tramar-me. é o que temos.

o segundo caso também se aplica ao sexo masculino, e, neste caso, a pessoas que até não são as nossas pessoas favoritas. aliás, não são nem deixam de ser. são um bocadinho indiferentes. e quando digo que se apaixonam perdidamente por mim, claro que estou a exagerar. não que se apaixonem mesmo, mas como acham que somos super simpáticas e tal, abusam um bocadinho da nossa paciência.
a ver:

conhecemos determinada pessoa por causa de uma colega. até aí tudo bem. o pior, é quando a colega dá o nosso endereço de email a determinada pessoa, que nos adiciona imediatamente no MSN, e, cada vez que nos vê online, puff! é logo a meter conversa. mas atenção, não é uma conversa qualquer: é um gigantesco monólogo, que vai desde os rebuçados de ovos, passando por marcas de carros, acabando a falar nos EUA. e eu sem dizer absolutamente nada. e depois, é sempre referido o facto de sermos muito fotogénicas, que o fotógrafo devia merecer um prémio, etc, terminando em... nada mais, nada menos, que um convite para lanchar. óooooobvio que até hoje esse lanche ainda está por acontecer.

enfim, o resultado disto é que, se calhar, a simpatia vai dar lugar a uma cara sisuda e modos poucos civilizados.

estou farta de gente aborrecida. bah!

5 comentários:

Cheguevara disse...

Quer-me parecer que o segundo caso é normalmente mais chato, mesmo qnd os generos trocam de posiçao nestes casos.

Anónimo disse...

No primeiro caso, experimenta em vez de dizer "epa, gosto de ti", dizer "gosto de ti, pa". Faz logo a diferença.

No segundo caso...não conheço remédio e se tu conheceres por favor, avisa-me!

Sofia disse...

Estou com a Té... a posição do pah tem muito peso. Não?

P. disse...

tenho em mim que não vai haver próxima, maaaaaaas... se for caso disso, mudo o "pah", então!

José Matos disse...

Em relação ao primeiro caso, "been there, done that". E é realmente muito chato.

Revejo bastante essas minhas "experiências" nas tuas palavras.