o primeiro dia começou bem.
não me atrasei, não perdi o comboio, não me enganei no caminho.
fui bem recebida por toda a gente, puseram-me à vontade. mostraram-me o que já havia sido feito (porque a pré-produção começou em fevereiro, já), disseram o que faltava fazer, e o que eu devia fazer (vá, disseram mais ou menos, porque a minha responsável parece-me um bocado anhante. boa pessoa, mas anhante, though).
conheci pessoas com quem vou trabalhar, revi pessoas que já conhecia. todas as razões e mais algumas para que me sentisse bem. no entanto, não sei bem a razão, sinto-me estranha. é normal, i guess. afinal de contas, as pessoas que aqui estão já todas se conhecem e já todas trabalharam juntas. eu estive afastada do mundo da TV quase 3 anos, por isso ainda não me mexo muito à vontade aqui. vou tentar não demorar mais de um mês até conseguir dizer as minhas parvoíces habituais. vou tentar não demorar muito a sentir-me em casa.
nos entretantos, já tenho alguém que me oferece base, para disfarçar cada vez que coro (que é, basicamente, cada vez que alguém fala comigo. não sei se alguém viu e se recorda de um episódio de grey's anatomy, em que uma paciente foi operada para deixar de corar por tudo e por nada. em portugal, essa podia ser eu. algum mcdreamy que me opere, pleaaase!), e já tenho um senhor da portaria que me grita de dentro da sua casinha olhe, é a lúcia moniz??. rio-me mega, coro mais um bocadinho e digo que não, não sou (há pessoas minhas amigas que me dizem que pareço a lúcia, mas nunca me tinham gritado isso no meio da rua. não tenho nada contra ela, a cantora da minha canção preferida de todos os tempos do festival da canção, mas não acho que seja NADA parecida com ela, enfim).
e amanhã lá vou corar mais um bocadinho, enquanto faço o meu trabalho.