terça-feira, 22 de março de 2011

pessoas regressam, e decidem dar sinal de vida. fico ligeiramente abalada, mas mantenho-me como se não fosse nada de importante.
passam dias desde que dá notícias, até que volta a dizer qualquer coisa. quer combinar coisas depois do horário de trabalho. deixa-me chegar a casa e logo vemos, é o que digo.
chego a casa, ligo, combinamos jantar, vou arranjar-me.
antes de ir, comento com algumas pessoas onde vou, e também essas pessoas ficam apreensivas.
vai correr tudo bem, vai correr tudo bem, tu és capaz (penso de mim para mim). e visto-me, e saio de casa, e lá vou eu ao bairro alto, ter ao sítio combinado.
o jantar corre bem. já não o via desde dezembro, mas continua igual. muito magro, mas sem mau aspecto. veio a portugal para fazer uma visita de rotina ao médico, e desta vez lembrou-se de me avisar.
conversámos sobre o trabalho, sobre o que andamos a fazer agora, sobre mudanças de casa. é inevitável achar-lhe piada e rir-me com ele. e com ele passa-se o mesmo.
terminamos o jantar e cada um segue o seu caminho, com a promessa de que me dirá hoje como correu a consulta.
fiz o que achei que devia fazer. não fui bruta nem demasiado fofa. fui pouco entusiasta, mas mais porque estava demasiado cansada e com paragens cerebrais, do que por outro motivo qualquer.
não poderia negar que gostava de o ver, e de saber dele, se estava tudo bem, como estavam a correr as coisas.
ao mesmo tempo tinha medo. medo porque tenho tentado dar passos pequenos, e tenho conseguido atingir alguns objectivos nos últimos tempos, e tinha medo de regredir só por causa desta visita.
o jantar passou, e o pior não aconteceu.

1 comentário:

Maga P. disse...

As pessoas vão e voltam. Nós continuamos por cá... Pelo menos por agora. ;)