com o fim anunciado do aéqc, comecei logo a enviar mensagens e emails às pessoas que interessam, para dar conta do facto de estar disponível para trabalhar a partir da data em que o programa terminar.
uma das minhas antigas chefes disse-me que não estava com projectos grandes, mas que estava a preparar uma gala para a rtp, que se passaria no domingo (o que passou), e eu disse que estaria disponível para trabalhos pontuais, nem que fosse para dar uma mãozinha. para além de servir para aumentar o meu CV, e relembrar as pessoas que trabalho bem, serviria também para ganhar uns trocos.
lá fui trabalhar no fim de semana, correr de um lado para o outro, tivoli acima, tivoli abaixo, supermercado, fazer de figuras públicas, ver horários de refeições, acompanhar artistas. uuuuff! uma correria.
há muito tempo que não levava uma sova assim.
e isto tudo seria muito bom, até mesmo porque toda a gente gostou de trabalhar comigo, se não tivesse estado a trabalhar para quase nada.
ontem saio de casa para vir trabalhar, e quando chego ao carro, não estava lá nada. tinham-me rebocado o zé pedro. multa mais parque mais reboque, igual a fim de semana de trabalho no tivoli. muito bom!
e como a semana já tinha começado bem, hoje acordo, e não tinha água em casa, por causa das obras que as ruas andam a sofrer desde que fui para ali morar. resultado? mais um dia a chegar atrasada ao trabalho, e uma ida a casa da M. para tomar banho.

no momento, só gostava de pedir para ter um início de dia normal. acho que não era pedir muito. pois não? uuuuff!

fotógrafo para eventos, casamentos, baptizados, peças de teatro, concertos, desfiles, produções de moda e muitas mais coisas? precisam?

conheço UM muito bom! chek it out!

tinha tanto para dizer e para escrever sobre tanta coisa... mas o melhor é ficar no meu cantinho.

o pior de tudo, é ter perfeita noção que o que está para acontecer não é justo. uma pessoa trabalha que se farta, porque quer isto mesmo a sério, e gosta mesmo do que faz, e no fim, há pessoas (se calhar gente é o termo mais apropriado) que andam a brincar, e a ser as amiguinhas, e que na verdade não fazem isto porque querem ou gostam ou precisam, é só porque é fixe, e são essas que ficam.
está mais do que visto que ser boa pessoa, e profissional, e trabalhadora não compensa.
ou compensa. se calhar, há males que vêm por bem. or so we hope.

lá está

se calhar devia exteriorizar aquilo que penso e que sinto com as pessoas certas. com as pessoas que merecem. mas não o faço. e depois? depois passo a vida mal disposta com tudo e com todos. às vezes respondo mal a quem não devia, nem tem nada a ver com o que me apoquenta. o pior de tudo? é ter noção disto e não conseguir evitar e não saber o que fazer para não ser bruta como os comboios, como diria a outra.

cozinhas

ultimamente, temos visto o hell's kitchen, aqui em casa.
gostava muito de poder dizer que adoro, que é brutal e coisas do género. mas relativamente a este programa só consigo pensar em duas coisas:

- se fosse eu a estar ali, acho que morria. no momento em que o chef falasse para mim como fala para qualquer um dos concorrentes que ali se encontram, eu começava era logo a chorar, tirava o avental e saia dali a correr e nunca mais ninguém me via.

- neste programa, é tensão do início ao fim. parece que uma pessoa nem consegue respirar em condições enquanto vê aquilo. nunca vi um momento de coisas boas, de alívio, ali. aliás, no episódio de hoje, o momento de alívio que houve, foi aos gritos e só parecia que o chef ia bater nas pessoas que chamou para dizer que tinham feito um bom trabalho.

uuuuff!

a sério... adorava que me explicassem o suposto encanto que certas pessoas têm, para serem tão adoradas por toda a gente. serão elas interessantes e eu não me dei conta, ainda? se assim for, perdoem-me, que o tom de voz cheio de bimbice não me deixa concentrar no discurso. seriously.

na sexta, o dia de anos da gorda, fomos jantar ao estado líquido. nunca lá tinha ido comer sushi. mas muito me arrependo de não ter lá posto os pés antes. é SÓ maravilhoso. e a relação qualidade/preço... vale cada cêntimo que se gaste lá. vão por mim. se gostam de sushi, nada como comer do bom.

já moro nesta casa na ajuda há seis meses.
quando viemos morar para aqui, eu e a minha M., a casa não tinha quase nada, mas era demasiado fofinha e em conta para não ficarmos com ela.
aos poucos fomos preenchendo os espaços vazios, ora com móveis, ora com sofás, com coisas de cozinha. uma das coisas que sempre nos faltou foi uma mesa de refeições. já éramos para ter ido ver de uma, mas ainda não tínhamos bem ideia do que fazer com a disposição da sala, que é em L. passados, então, estes seis meses, um colega nosso do trabalho ofereceu-nos uma mesa velha que tinha lá em casa, e que veio caber na perfeição na nossa sala. visita à ikea para comprar móvel para a nova disposição da sala, mais umas cadeiras que combinam com o papel de parede que já estava cá quando nos mudámos, uma visita à feira de artesanato/velharias ali em belém para uns vinis para a parede e puff!
acho que agora, passados seis meses, a nossa casinha na ajuda se parece com uma casinha a sério. até já podemos convidar pessoas para jantar e tudo. uma maravilha.

cheguei agora do bairro.

e de facto não sei se será de estar quase a fazer 30 anos ou não (não tem nada a ver com a idade, eu sei, mas gosto sempre de exagerar um bocadinho) mas não me consigo aguentar lá muito tempo, começo logo a ficar com uma pedrada de sono descomunal. mas hoje a gorda fazia anos, e não podia deixar de ir celebrar com ela, e aproveitar para ver pessoas que já não via há algum tempo, e que me são queridas.

mas acho que já percebi que, para mim, ir ao bairro é só em ocasiões especiais que assim o exijam.

estou velha e acabada, é o que é.

aqui entre nós, que ninguém nos ouve, confesso que já tinha saudades de vir para paço de arcos. logo eu, que não sou saudosista.