domingo, 15 de fevereiro de 2009

"sois irmãs?"

perguntaram-me uma vez quando me viram com a M., no sítio do costume.

é uma pergunta um tanto ou quanto estranha, no sentido em que não somos fisicamente parecidas. acho que nunca houve alguém que dissesse à primeira que somos da mesma família, sequer. e ela chegou a dizer-me que eu era adoptada, pondo-me a chorar. eu era a chamada filha do aparelho, a que não era parecida nem com o pai, nem com a mãe.
só duas pessoas é que dizem (ou disseram) que somos parecidas. foi a pi, e foi esta outra pessoa, há bem pouco tempo.
somos parecidas não porque somos tipo fotocópia uma da outra, até porque ela é a noite (pele, olhos e pele escura) e eu sou o dia (pele clara, olhos e cabelos também), mas porque temos traços que nos denunciam. certas expressões que fazemos com a cara, certas coisas que dizemos, como nos mexemos, como dançamos de maneira igual. isto para não falar da cumplicidade que se vê ao longe.

hoje, enquanto comíamos a segunda dose do fondue de chocolate, estávamos a ouvir um programa na rtp2, com a ana zanatti e uns jovens-adolescentes-que-supostamente-retratam-a-juventude-dos-nossos-dias, e alguém falou da internet, dos chats e de conhecer pessoas pela net e afins.
- tenho net há 7 anos, e parece que é desde sempre. o que é que uma pessoa fazia antes de haver internet? pergunta ela.
- jogava wolf 3D e supaplex, respondo eu.
- estava a pensar mesmo isso!, termina ela.

"sois irmãs?"
respondendo à pergunta, sim, somos, não se vê logo?

2 comentários:

Rosa disse...

Pelos vistos não, não se vê logo. Mas nota-se na mesma! :)

Alexandra disse...

Eu e o meu irmão, apesar dos 12 anos de diferença, também temos os nossos momentos assim. E nem somos muito parecidos. Enfim...
Mas que são momentos que dão vontade de rir, lá isso são. :)

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