terça-feira, 18 de maio de 2010


há dois anos trabalhei numa empresa de produção de eventos em lisboa, na organização de dois congressos, onde fiz de tudo um pouco, desde telefonemas para angariar clientes, a recrutamento de promotoras e hospedeiras, até à montagem do salão de marketing, que decorreu durante esse congresso. até como hospedeira trabalhei, quando foi preciso.
no final desses trabalhos, que duraram cerca de dois meses, deram-me um chuto no rabo, tendo, inclusive, posto a rapariga que me ia substituir a trabalhar comigo.
razão? a minha imagem. yep.
verdade seja dita que, nos dias de hoje, e tendo em conta os meios onde tenho trabalhado, a imagem vale muito. ou quase tudo, mesmo. e não, não sou um aborto, nem peso 500 kilos, e nem tenho nenhuma deficiência física.
simplesmente sou uma pessoa que usa ténis sempre que pode, calças de ganga, tops simples, não ando sempre com o cabelo esticado, nem me pinto de manhã. se me podiam ter pedido para mudar? podiam, e eu teria mudado. é que bastava elas terem pedido. mas enfim. é mais fácil arranjar uma pessoa que já seja assim, do que mudar uma pessoa para algo completamente diferente.

hoje voltei à empresa, para receber do trabalho para que me chamaram no início do ano (o tal que deixei para vir para onde estou agora). foi giro, senti alguma nostalgia, revi as big bosses.
mas saí de lá com um sentimento de injustiça por ver que as pessoas que puseram lá depois de mim não são mais competentes do que eu, e nem tão pouco são mais bonitas. mas pronto, pesam menos 10 kilos e parecem umas palhacinhas logo pela manhã, com tanta maquilhagem.
enfim. como diriam os outros, são coisas.

their loss, i say!

6 comentários:

Mnemósine disse...

Se dão prioridade à imagem e não à competência, se nem dão uma hipótese a quem já faz parte da equipa de se aproximar do que eles querem, então também não devem ser grande coisa para se ter no cv.
Haja trabalho para que não tenhas de te preocupar com isso.

Poetic Girl disse...

Sem dúvida continua a predominância do que é superfuluo pelo que realmente importa. Mas como dizes eles é que ficaram a perder, porque os visuais não são tudo na vida. beijocas

Madame Butterfly disse...

Concordo com a Mnemósine. Uma empresa com esse tipo de política não é nem será alguma vez uma empresa que prime pela qualidade dos serviços prestados. Eu nem perdia muito tempo a pensar nisso...não vale MESMO a pena.

M. disse...

Eu cá acho que não devias sequer querer trabalhar numa empresa que valoriza o aspecto físico acima da competência, seja qual for a sua área de negócio.

Estou demasiado habituada a pessoas com boa apresentação e nenhuma eficácia :)

v. disse...

Their loss indeed! E concordo com a mae do Vicente aqui em cima... alem disso, nao me parece que uma empresa com essa politica de valorizacao do aspecto exterior acima da competencia va muito longe.

isa disse...

you're to good for them! fuck it! melhor virá! e nós sabemos que onde nós gostamos de estar se pode andar de ténis e calças de ganga :D e mais ainda com uma tshirt ranhosa a dizer crew, que representa só o amor à camisola, e daquele a sério miesmo!