domingo, 27 de fevereiro de 2011

uma pessoa está stressada e pensa ah, que giro era ir até à praia, comer qualquer coisa, e apanhar um solinho, já que hoje (foi ontem) está bom tempo. muito bem. marginal com elas (eu e a M.), a caminho de são pedro do estoril, para irmos para uma esplanada ver fofinhos a fazer surf, enquando nos íamos deliciado com coisas saudáveis. pelo menos, era o que pensávamos que íamos fazer, quando nos fizémos à estrada.
pois que, tal como nós, todas as pessoas do mundo decidiram fazer o mesmo. tudo para a rua, de mangas curtas, chinelos nos pés, a caminho da praia. filas gigantes para estacionar e, mesmo já estacionadas, filas gigantes para as esplanadas. (pequeno apontamento aqui: ao mesmo tempo que havia pessoas de chinelos, havia meninas de salto agulha no calçadão, e calça acetinada. fiquei na dúvida sobre qual a melhor toilette para se levar à praia).
resultado? enfiámo-nos num centro comercial com vista para o mar, comemos qualquer coisa, para não dizer porcarias, e depois fomos afogar as mágoas nas compras. mas passemos à frente.
jantar combinado, meninas vestidas, e lá vão elas para o bairro alto. o trânsito continua infernal, e lugares para estacionar, nem vê-los. foi entao que tive uma ideia brilhante: deixar o carro no parque da trindade. whaaaat? oh, meu dEUS. juro que se fosse eu a conduzir tinham de ter chamado um reboque para tirar de lá o carro. nem sei como é que a M. conseguiu fazer o que quer que fosse naquele parque do demónio, ainda para mais comigo a stressar do lado dela. valeu-nos a T., que ficou calma (pelo menos por fora) e ajudou com as indicações.
nervos de lado, onde é que vamos jantar? ninguém sabe, tentamos um indiano, um ao lado, mas há filas gigantes (a sério, o mundo todo decidiu sair à rua ontem?). damos uma voltinha et voilá... restaurante tipo tasca com fados. entramos e ali ficamos. quando damos por nós, está o mestre de cerimónias (que afinal era meio cego, não estava com os copos) a chamar a maria raquel para cantar. olhamos, olhamos... e aparece a cozinheira, fardada e tudo, para dar inicio aos fados.
nós só nos ríamos , os espanhóis ao nosso lado também... enfim, mais fado, menos fado, lá começámos a entrar no espírito da coisa. o jantar não valeu o dinheiro que démos por ele, mas ao menos foi diferente.
o dia não estava a correr da melhor maneira, mas terminou em beleza, com as meninas a dançar no incógnito.
e hoje é toda uma podridão.

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