terça-feira, 13 de março de 2012

já me tinham dito, ainda nos tempos de faculdade, que devia ter atenção à maneira que falava com os professores, porque mais parecia que lhes ia bater.
sempre soube que tenho um ar distante, e de poucos amigos, e que não é fácil uma pessoa aproximar-se de mim.
tenho noção que sou capaz de ser muito séria/agressiva quando quero que me levem a sério.
não sei se é pelo meu (desde sempre) complexo de inferioridade, ou se acho que não me levam a sério por causa de ter cara de miúda, mas o que é certo é que tenho noção destas coisas todas.

mas no outro dia, parece que me caiu a ficha, quando uma miúda que conhecia de vista se chegou ao pé de mim, e teve comigo a seguinte conversa:

-queres um shot, P.?
- ah, não, obrigada, M., eu não bebo shots, mas obrigada, a sério.
(depois de alguns bebe lá, vá lá, eu insisto)
- tu não te deves lembrar, P., mas a única vez que falaste comigo foste bué arrogante e cabra. fiquei a pensar que me odiavas, e eu depois fiquei a pensar olha-me esta gaja, é uma cabra.

eu confesso que não me lembro do episódio em que fui mal educada para a rapariga, mas acredito que tenha sido possível. e ela, depois de falar mais um bocado comigo, percebeu que toda a minha imagem não passa de um mecanismo de defesa, e que sou boa moça, e que afinal de cabra não tenho nada.

"cause i always feel like i'm the worst, so i always act like i'm the best"

1 comentário:

tiago leal disse...

Às vezes nem nos damos conta de que agimos em defesa e depois criamos más impressões nos outros. Como eu te compreendo...

viagensnomeucaderno.blogspot.com